da Folha Online
Atualizado às 09h44.
A mensagem, em áudio, foi veiculada nesta quinta-feira pela rede de TV árabe Al Jazeera. Nela, Bin Laden afirma que o presidente Barack Obama "segue a mesma política que seus antecessores", notadamente no Afeganistão, e denuncia a vontade da Casa Branca de "executar os heróis" Mohammed e seus companheiros.
"O dia em que os Estados Unidos tomarem esta decisão, também estarão tomando a decisão de que qualquer um de vocês que caírem em nossas mãos serão executados", acrescenta a mensagem.
Mohammed, considerado o autor intelectual dos ataques que deixaram 2.973 mortos, pode ser condenado à pena de morte caso seja considerado culpado em julgamento. Ele enfrenta várias acusações, que incluem conspiração, assassinato, ataque a civis, destruição de propriedade, terrorismo e ajuda material a terroristas.
Ele foi preso entre 2002 e 2003 e transferido para a polêmica prisão para suspeitos de terrorismo em Guantánamo, Cuba, em 2006, depois de, supostamente, ter passado anos em prisões secretas da CIA (agência de informação americana).
Mohammed seria julgado em Guantánamo, perante um tribunal militar especial. O governo Obama, contudo, decidiu levar ele e outros quatro acusados pelo 11 de Setembro a um tribunal civil em Nova York, como parte das medidas para fechar Guantánamo.
A escolha causou polêmica e críticos questionaram se o julgamento não tornaria a cidade mais vulnerável a novos ataques. No Congresso, os republicanos, que tentaram de várias formas impedir a permanência, em solo americano, dos detidos em Guantánamo, se rebelaram contra o anúncio de um futuro julgamento, confirmado pelo procurador-geral da Justiça, Eric Holder.
Holder, que já anunciou que a Justiça federal buscará a pena de morte para Mohammed, defende que as cortes e prisões americanas já lidaram com vários suspeitos de terrorismo.
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